O que grandes líderes ainda não entenderam sobre JBP, e como isso está custando milhões em execução invisível.

O JBP (Joint Business Plan) está no centro do vocabulário de grandes decisores no varejo e na indústria. Mas, apesar do barulho em torno do tema, ainda existe uma lacuna silenciosa entre o que é falado nas salas de reunião e o que acontece na gôndola, no PDV e na ponta da execução. E essa lacuna tem nome: execução invisível.

Na teoria, o JBP deveria ser o elo mais estratégico da parceria entre fornecedores e varejistas. Mas, na prática, ele muitas vezes se reduz a um ritual anual, repleto de metas genéricas, pactos simbólicos e slides que envelhecem antes mesmo de serem apresentados.

O que ninguém está dizendo: a maior parte dos JBPs não está sendo executada. Está sendo protocolada.

O JBP como ele parece ser e como ele realmente é:

• Parece: colaborativo, tátil, monitorado em tempo real, construído a quatro mãos.
• É: reativo, superficial, baseado em métricas soltas e arquivos dispersos.

O que era para ser um plano vivo, conectado à execução e ajustado em ciclos curtos, virou um documento estético que só reaparece na próxima reunião anual de alinhamento.

5 sinais de que seu JBP está matando sua execução (e você nem percebeu)

1. Alinhamento tático disfarçado de estratégico: O plano gira em torno de metas operacionais, não de objetivos de negócio. O “acordo” é um check-list.
2. Metas sem compromisso real: Cada lado assume obrigações que não consegue ou não pretende cumprir. E todo mundo finge que está tudo bem.
3. Planilhas que ninguém abre: O plano é um PDF salvo em alguma pasta, sem qualquer integração com o dia a dia da equipe de execução.
4. Falta de rituais de acompanhamento: Reuniões periódicas de acompanhamento foram substituídas por silêncio ou urgências operacionais.
5. KPIs isolados da realidade: Os indicadores monitorados não conversam com os dados reais da execução, e os desvios nunca viram planos de ação.

O que as empresas mais maduras estão fazendo diferente

1. Transformando o JBP em um produto de execução viva: Eles tratam o plano como um organismo. Ele vive, é atualizado, tem responsáveis, donos de meta e dashboards visíveis.
2. Integração com ferramentas de execução e BI: Não há espaço para achismo. O JBP é alimentado por dados reais de sell-in, sell-out, ruptura e share de execução.
3. Cultura de rituais e nível de serviço cruzado: As reuniões são mais que checkpoints. São momentos de correção de rota, com olhar conjunto sobre indicadores-chave.
4. Accountability compartilhada: Cada lado sabe o que precisa entregar, e o desempenho é monitorado com transparência, não por pressão.

Como trazer o JBP para o presente, de verdade

• Reprograme a cultura do planejamento: Saia do ritual anual e crie ciclos trimestrais de alinhamento real.
• Integre tecnologia desde o início: Seu plano precisa estar vivo dentro da operação, visível em dashboards, com dados confiáveis.
• Trate a execução como o centro do JBP, não como consequência.
• Forme lideranças que operem JBP com mentalidade de produto, não de tarefa.

Checklist IPDV para saber se seu JBP está vivo ou morto

• Você sabe quem são os donos de cada entrega?
• Seu time de execução consulta o plano semanalmente?
• As metas de sell-out estão integradas ao planejamento?
• Os dados de execução retroalimentam o plano?
• Existe uma trilha clara de decisão para ajustes de rota?

Se a maioria das respostas for “não”, você não tem um JBP. Você tem um PowerPoint.

JBP não é sobre fazer um acordo bonito. É sobre construir um futuro de execução real, visível e que dê resultado para os dois lados. E isso só acontece quando saímos do discurso e abraçamos a fricção produtiva, a clareza nos dados e a cultura de execução.

Na IPDV, nós acreditamos que o JBP precisa parar de ser um ritual e começar a ser uma operação. Esse é o verdadeiro diferencial competitivo.

Quer entender como grandes empresas estão redesenhando seus JBPs com base em dados reais e execução consistente?

Acompanhe nosso próximo artigo ou fale com nossos especialistas. Estamos de olho no que importa de verdade: resultado visível.